"Até o fim"

 

Mateus 24:14 se refere à ideia de que o evangelho será pregado a todas as nações, garantindo que ninguém seja esquecido ou excluído quanto ao conhecimento do evangelho. 

Este versículo enfatiza a universalidade da mensagem do evangelho e o compromisso de Deus em oferecer a oportunidade de salvação a todas as pessoas, em todas as partes do mundo. 

 A interpretação de que "ninguém será esquecido" ressalta a abrangência do plano redentor de Deus, indicando que o evangelho deve ser proclamado globalmente antes da consumação dos tempos. 

Esta visão reflete a missão universal da Igreja e o propósito divino de alcançar todas as nações, tribos, povos e línguas com a mensagem de Jesus Cristo. 

Portanto, a pregação do evangelho a todas as nações, conforme mencionado em Mateus 24:14, pode ser vista como um passo essencial no cumprimento do plano de Deus, garantindo que todas as pessoas tenham a oportunidade de ouvir e responder à mensagem do evangelho antes do fim. 

Como compreender Mateus 24.14 em relação Atos 1.8

Mateus 24:14: 

Enfatiza que o evangelho será pregado a todas as nações antes do fim dos tempos (telos), destacando a conclusão do plano de Deus para a proclamação global do evangelho. 

Atos 1:8: Concentra-se na missão dos discípulos de serem testemunhas em todo o mundo, incluindo as áreas mais remotas (eschaton tēs gēs), sem implicar diretamente os eventos finais da história, mas sim a expansão geográfica da mensagem do evangelho. 

Portanto, a expressão "eschaton" em Atos 1:8 não se refere ao fim dos tempos, mas à extensão máxima da missão evangelística dos discípulos. Isso complementa a ideia de Mateus 24:14 de que o evangelho deve ser pregado a todas as nações, garantindo que ninguém seja esquecido quanto ao conhecimento do evangelho. 

O fim de Mateus 24:14 está relacionado com os confins de Atos 1:8, não necessariamente, em primeiro plano, a ideia de um fato após o outro, mas, como a oportunidade que Deus concede ao mundo para que conheça o Evangelho da Salvação e receba o consolo do Espírito Santo. 

Principais Interpretações de Mateus 24:14

1. A pregação do evangelho em todo o mundo como uma parte essencial do plano divino: - A tradução da Bíblia para o vernáculo próprio das nações era cumprimento dessa profecia, permitindo que mais pessoas tivessem acesso à mensagem do evangelho. 

 

2. A pregação do evangelho como parte do plano soberano de Deus para a salvação dos eleitos: - A difusão do evangelho era um testemunho da graça de Deus e um meio pelo qual os eleitos seriam chamados à fé. Portanto, Deus tem usado a expansão do evangelho para cumprir Seu propósito redentor. 

 3. Mateus 24:14 como uma garantia de que o evangelho prevaleceria sobre as falsas doutrinas e superstições que haviam infiltrado a igreja: - A pregação do evangelho é essencial para a verdadeira reforma da igreja e a salvação das almas.

4. A pregação do evangelho em todo o mundo como uma responsabilidade dos cristãos para cumprir a grande comissão: - O trabalho missionário e a educação teológica eram cruciais para espalhar a mensagem do evangelho. A disseminação do evangelho também como um sinal dos tempos, indicando que a história estava se movendo em direção ao cumprimento do plano de Deus. 

 5. Mateus 24:14 como uma promessa da vitória final do evangelho sobre a escuridão espiritual e a corrupção da própria Igreja: - A pregação do evangelho deve ser compreendida como um dever urgente dos reformadores e um sinal de esperança para a verdadeira igreja. Acredita-se que a disseminação do evangelho é um testemunho poderoso contra a tirania espiritual e política, preparando o caminho para o retorno de Cristo. Em síntese, arrependimento e conversão das nações. 

Logo, o texto bíblico de Mateus 24:14, pode ser vista como uma profecia sobre a disseminação universal do evangelho antes do fim dos tempos. Para cada uma das perspectivas, a pregação do evangelho é central para a missão da igreja e um sinal da soberania de Deus sobre a história. 

Reflexões de Líderes Cristãos 

Robert Coleman, "Plano Mestre de Evangelismo": 

Como era de se esperar, os primeiros esforços no sentido de ganhar almas tiveram pouco ou nenhum efeito imediato na vida religiosa da época de Jesus, mas isso não era o mais importante. O tempo passou, e aqueles poucos pioneiros convertidos estavam destinados a se tornar os líderes da Igreja do Senhor que levariam o Evangelho por todo o mundo. Do ponto de vista do propósito supremo de Deus, suas vidas tiveram um significado que durará por toda a eternidade. É só isso que importa. 

J. C. Ryle, "Meditações no Evangelho de Mateus": 

Não devemos esperar que o mundo todo vá se converter antes que o fim aconteça. Estaremos grandemente equivocados, se o fizermos. Será pregado o evangelho por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Porém, não devemos pensar que o evangelho será crido universalmente. Esse evangelho irá “constituir um povo” (At 15.14) onde quer que seja fielmente pregado, e serão testemunhas de Cristo. Todavia, a plena convocação das nações não ocorrerá até que Cristo venha. Então, e somente então, a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar (Hc 2.14). Essas reflexões e interpretações ajudam a entender a importância da missão evangelística e a abrangência do plano redentor de Deus, incentivando os cristãos a continuarem a proclamar o evangelho a todas as nações, como parte essencial do cumprimento do propósito divino.